quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Reino Vegetal



O Reino Vegetal (Metaphyta, Plantae) ou das plantas, é caracterizado por organismos autótrofos (produzem seu próprio alimento) e clorofilados. Por meio da luz solar, realizam o processo da fotossíntese e, por esse motivo, são chamados de seres fotossintetizantes.
Vale lembrar que a fotossíntese é o processo pelo qual as plantas absorvem energia solar para produzirem sua própria energia. Isto ocorre através da ação da clorofila(pigmento associado à coloração verde das plantas) existente em seus cloroplastos.
Com efeito, devemos salientar que as plantas são a base da cadeia alimentar, denominadas produtores. São produtoras de matéria orgânica e alimentam os seres heterótrofos, ou seja, são o grupo responsável pela nutrição de diversos organismosconsumidores.
Isso indica que sem a existência desses seres autótrofos, a vida na terra seria impossível.

Características Gerais do Reino Vegetal
·         Eucariontes (núcleo organizado)
·         Autótrofos (produzem o próprio alimento)
·         Fotossintetizantes (produção da fotossíntese)
·         Pluricelulares (multicelulares)
·         Células formada por vacúolos, cloroplastos e celulose

Estrutura das Plantas
No tocante à sua estrutura, basicamente as plantas são formadas pela raiz (fixação e alimentação), caule (sustentação e transporte de nutrientes), folhas (fotossíntese),flores (reprodução) e frutos (proteção das sementes).
Reino Vegetal
Estrutura principal de uma planta angiosperma

Algumas plantas possuem sementes, flores, e frutos, são divididas em angiospermas e gimnospermas. Enquanto os vegetais que não produzem sementes, flores ou frutos são divididos em briófitas e pteridófitas.
Classificação do Reino Vegetal
O Reino Vegetal é composto de plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) que possuem vasos condutores de seiva, e plantas avasculares(briófitas), destituídas desses vasos.












Briófitas

Reino Vegetal
Musgo em detalhe

São plantas de pequeno porte que não recebem luz direta do sol, uma vez que habitam locais úmidos, por exemplo, os musgos.
A reprodução desse grupo ocorre através do processo de metagênese, ou seja, possui uma fase sexuada, produtora de gametas, e outra assexuada, produtora de esporos.
Ademais, não possuem vasos condutores de seiva, o que as torna distintas dos outros grupos vegetais. Sendo assim, o transporte de nutrientes ocorre mediante um processo vagaroso de difusão das células.


Pteridófitas

Reino Vegetal
Chifre-de-veado sobre o tronco de uma árvore

De maior porte que as briófitas, esse grupo é formado por plantas que, em sua maioria, são terrestres e habitam locais com grande umidade. São exemplos do grupo: samambaias, avencas e xaxins.
Apresentam vasos condutores de seiva, raiz, caule e folhas e, da mesma maneira que as briófitas, a reprodução desses vegetais ocorre mediante uma fase sexuada e outra assexuada.
Quando o caule das pteridófitas é subterrâneo, denomina-se de rizoma. Já as epífitassão plantas que se apoiam em outras plantas, todavia, sem causar-lhes danos, como as samambaias e os chifres-de-veado.
Gimnospermas
Esse grupo é composto por uma grande variedade de árvores e arbustos de diversos portes. São plantas vasculares (presença de vasos condutores de seiva), que possuem raiz, caule, folha, flores e sementes. Alguns exemplos de gimnospermas: sequoias, pinheiros, araucárias, dentre outras.
A reprodução das Gimnospermas é sexuada. Ocorre a fecundação nos órgãos femininos pelo pólen, que é produzido pelos órgãos masculinos e transportado com o auxílio da natureza: vento, chuva, insetos, pássaros.
O que as difere do grupo das Angiospermas são principalmente suas sementes, visto que apresentam as chamadas sementes nuas, ou seja,não envolvidas pelo ovário.
Angiospermas
Plantas vasculares (presença de vasos condutores) que habitam diferentes ambientes e representam um grupo muito variado, composto de vegetais de pequeno e grande porte. Vale lembrar que as angiospermas caracterizam o maior grupo do reino vegetal com aproximadamente 200 mil espécies.
São distintas das Gimnospermas na medida em que suas sementes são guardadas no interior do fruto. Sua reprodução é sexuada, e a fecundação ocorre com a presença do pólen masculino.
Curiosidades
O Reino Vegetal é composto de aproximadamente 400 mil espécies conhecidas, sendo portanto, um dos maiores grupos de seres vivos. Por serem organismos autossuficientes (autótrofos), as plantas foram os primeiros seres habitantes do planeta Terra.
Plantas Carnívoras
As plantas carnívoras ou insetívoras são um caso curioso do Reino Vegetal, têm uma característica peculiar que atraiu a atenção de muitos cientistas.
Também realizam a fotossíntese, contudo, por habitarem solos pobres em nutrientes, buscam complementação nutricional por meio da digestão de alguns pequenos animais.
Elas complementam sua nutrição por meio da captura de pequenos insetos ou, em alguns casos mais raros, sapos, ratos, pequenos mamíferos e pássaros.
Plantas Parasitas
São conhecidas como plantas parasitas de outros vegetais porque necessitam da seiva deles para sua nutrição. Elas buscam em outros organismos fotossintetizantes a energia necessária para sobreviverem, uma vez que não produzem o suficiente.

Há aproximadamente 300 espécies com essas características, algumas delas são: erva de passarinho, planta fantasma, visco, cipó dourado, dentre outras.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Reino dos Protistas



Os protistas são seres vivos unicelulares e eucariontes; portanto possuem núcleo individualizado, envolvido por membrana. Possuem também organelas membranosas diversas. Nesse grupo incluem-se os protozoários e as algas unicelulares.

Os Protozoários
Protozoário é uma palavra de origem grega que significa "animal primitivo". Os protozoários receberam esse nome porque, no passado, alguns deles, ao serem estudados, foram confundidos com animais.
Os protozoários são seres heterótrofos. Podem viver isolados ou formar colônias, ter vida livre ou associar-se a outros organismos, e habitam os mais variados tipos de ambiente. Algumas espécies são parasitas de seres diversos, até mesmo do ser humano.

Tipos de locomoção dos protozoários
Existem várias espécies de protozoários, e elas podem ser classificadas em vários grupos. O critério mais utilizado pelos cientistas para essa classificação é o tipo de locomoção:
  • Sarcodíneos ou Rizópodes- são protozoários que se locomovem estendendo pseudópodes, expansões em sua célula que atuam como "falsos pés". As amebas são um exemplo de sarcodíneo.


  • Flagelados - são os que "nadam" com auxílio de flagelos (longos filamentos que vibram e permitem a locomoção). Um exemplo de flagelado é a giardia.

  • Ciliados - são seres que utilizam cílios (pequenos filamentos ao longo do corpo) na locomoção, como o paramécio.

  • Esporozoários- são protozoários que não possuem estruturas de locomoção. Eles são todos parasitas e causam doenças. Entre eles está o plasmódio, causador da malária.



Para um organismo que não tem estruturas de locomoção para capturar alimento, o parasitismo é uma adaptação importante, pois lhe permite sobreviver retirando do ser parasitado os nutrientes de que necessita.



Reprodução dos protozoários
A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada, principalmente por cissiparidade. Mas algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente.
Observe, no esquema abaixo, a reprodução assexuada de um paramécio:
 




Doenças Causadas por Protozoários 
Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: osangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os órgãso do sistema genital e os sistema linfático também costituem locais em que os parasitas podem se instalar. Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.
Caso o agente parasitário utilize dois hospedeiros para completar o seu ciclo de vida, considera-se como hospedeiro definitivo aquele local no qual o parasita se reproduz sexuadamente. Hospedeiro intermediário é aquele no qual o parasita se reproduz assexuadamente.
Quase sempre o homem atua como hospedeiro definitivo; na malária, no entando, a reprodução sexuada dos parasitas ocorre nos pernilongos que são, então, considerados hospedeiros definitivos, sendo o homem o hospedeiro intermediário.




Algas unicelulares

As algas são importantes para o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos, pois são os principais produtores do alimento que nutre direta ou indiretamente os demais seres vivos aquáticos.
As algas são importantes para o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos, pois são os principais produtores do alimento que nutre direta ou indiretamente os demais seres vivos aquáticos.
Além disso, as algas são os grandes fornecedores do gás oxigênio que abastece a vida aeróbia no planeta. Na atmosfera ou dissolvido na água, esse gás se origina principalmente da atividade fotossintetizante das algas, sobretudo das algas unicelulares marinhas.
Elas são responsáveis por 70% da fotossínteserealizada no planeta. A proliferação excessiva de algas vermelhas pirrófitas - também chamadas de dinoflagelados - provoca o fenômeno chamadomaré vermelha, que ocorre naturalmente ou por lançamento de esgotos na água do mar. Essas algas liberam substâncias tóxicas que podem afetar os seres vivos que habitam a água e até mesmo os banhistas nas praias.




Na água doce, se a reprodução for intensa e em reduzido tempo, as algas podem acabar se tornando um grande problema. Quando há despejo de produtos químicos de indústrias e esgotos não tratados, os resíduos adicionam à água uma quantidade exagerada de sais minerais, favorecendo a rápida multiplicação desses seres. As algas se reproduzem de tal forma na superfície da água que podem impedir a passagem de luz para as camadas mais profundas. Dessa forma, as algas que ali existem não podem fazer fotossíntese, e grande quantidade delas acaba morrendo, apodrecendo, acumulando no fundo e liberando substâncias tóxicas. A queda na quantidade de oxigênio dissolvido na água acaba também por matar animais como os peixes, cujos corpos ficam boiando na superfície.
Entre as algas unicelulares, destacaremos três grupos: o das euglenófitas, o das bacilariófitas e o daspirrófitas.

As euglenófitas
As euglenófitas também conhecidas como euglenas, são algas unicelulares que se locomovem por meio de um flagelo e vivem principalmente em água doce, mas também em água salgada.
Euglena viridis é um exemplo desse grupo de algas, possui predominantemente o pigmento verde da clorofila. Ela se reproduz por cissiparidade e, quando sua reprodução é intensa, a água pode adquirir uma coloração esverdeada.

Resultado de imagem para algas unicelulares 


 
As bacilariófitas
As bacilariófitas vivem na água doce ou salgada. Em sua maioria, são representadas pelas diatomáceas, algas unicelulares dotadas de uma carapaça protetora formada de sílica e que geralmente se reproduzem por cissiparidade.
Os restos da parede celular das diatomáceas mortas podem se depositar no fundo do ambiente aquático e, com o tempo, formar uma material rico em sílica conhecido como diatomito. Esse material pode ter várias aplicações comerciais, como: confecção de certos cosméticos e pastas de dente; abrasivo fino para polimento de objetos de prata, por exemplo; fabricação de tijolos usados em construção civil.







As pirrófitas
Também conhecidas como dinoflagelados, por serem dotadas de dois flagelos, as pirrófitas são algas unicelulares geralmente marinhas. Elas têm coloração esverdeada ou parda, na maioria das vezes, e reproduzem-se principalmente por cissiparidade; algumas têm a capacidade de emitir luz, fenômeno conhecido como bioluminescência.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Reino Fungi

Reino Fungi

Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.


Os Fungos e sua Importância ecológica
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.


Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.

A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.

Em muitos casos os fungos parasitas das plantas possuem hifas especializadas - haustórios - que penetram nas células do hospedeiro usando os estomas como porta de entrada para a estrutura vegetal. Das células da planta captam açúcares para a sua alimentação.
Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando asmicorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam materiais do solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à planta, propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que ele necessita para viver.


Algumas plantas que formam as micorrizas naturalmente são o tomateiro, o morangueiro, a macieira e as gramínias em geral.
As micorrizas são muito freqüentes também em plantas típicas de ambientes com solo pobre de nutrientes minerais, como os cerrados, no território brasileiro. Nesses casos, elas representam um fator importânte de adaptação, melhorando as condições de nutrição da planta.
Certos grupos de fungos podem estabelecer associações mutualísticas com cianobactérias ou com algas verdes, dando origem a organismos denominados líquens. Estes serão discutidos posteriormente.




Reprodução nos fungos

Reprodução Assexuada

Fragmentação
A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.

Brotamento
Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.

Esporulação
Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc.
Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanem unidos até serem liberados. É o que acontece com o fungopenicillium, que assim foi chamado devido ao fato de a estrutura produtora de esporos - o conídio - se assemelhar a um pincel.
Ao lado- Micografia eletrônica de varredura mostrando o corpo de frutificação do Penicillium sp. frequente bolor encontrado em frutas. Os pequenos e leves esporos esféricos (conidiósporos) brotam de conídios que surgem na extremidade de uma hifa especializada, o conidióforo.

Reprodução Sexuada
No   ciclo reprodutivo de alguns fungos aquáticos, há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres, existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diploides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.
O esquema da figura  abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maioria dos fungos. Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. Em outros, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.



De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haploides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haploides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).
Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diploides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haploides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).
Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:
  • antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis;
  • em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a cariogamia;
  • a produção de esporos meióticos, após a ocorrência de cariogamia, se dá em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de esporângios.






Classificação dos Fungo

Os quitridiomicetos, constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivem em meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho).
Os ascomicetos, com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.
Os basidiomicetos, com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.
Os zigomicetos, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.
Os deuteromicetos, ou fungos conidiais, que já foram conhecidos como fungos imperfeitos, costituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).







Fungos Unicelulares
À primeira vista, parece que todo o fungo é macroscópico. Existem, porém, fungos microscópicos, unicelulares. Entre estes, pode ser citado o Saccharomyces cerevisiae. Esse fungo é utilizado para a fabricação de pão, cachaça, cerveja etc., graças à fermentação que ele realiza.







Fungos Pluricelulares
Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferencia dos demais seres vivos. Seu corpo é constituído por dois componentes: ocorpo de frutificação é responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais,os esporos, e o micélio é constituído por uma trama de filamentos, onde cada filamento é chamado dehifa.
Na maioria dos fungos, a parede celular é complexa e constituída de quitina, a mesma substância encontrada no esqueleto dos artrópodes.
O carboidrato de reserva energética da maioria dos fungos é o glicogênio, do mesmo modo que acontece com os animais.













Tipos de Hifas
Dependendo do grupo de fungos, as hifas podem apresentar diferentes tipos de organização. Nas hifas cenocíticas, presentes em fungos simples, o fio é contínuo e o citoplasma contém numerosos núcleos nele inserido.
Fungos mais complexos, possuem hifas septadas, isto é, há paredes divisórias (septos) que separam o filamento internamente em segmentos mais ou menos parecidos. Em cada septo há poros que permitem o livre trânsito de material citoplasmático de um compartimento a outro.
  
Tipos de hifas- Pelos poros das hifas septadas ocorre trânsito de citoplasma e de núcleos de uma célula para outra. Nos fungos, os núcleos são haploides.



Doenças Causadas por Fungos
As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer parte da superfície do corpo.
São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta).
As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso so sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se manifesta por multiplos pontos brancos na mucosa.
Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Reino Monera



O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros ( 1µm = 0,001 mm).
As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.

Exemplos da importância das bactérias:      
Na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;

Agentes que provocam doença no homem;

Em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na
Indústria de transformação do leite em coalhada;

No ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;

Em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.




Estrutura celular das bactérias
As  bactérias  tem uma  estrutura-celular  bem característica de  células procarióticas: sem núcleo revestido de membrana (o núcleo dos procariontes  é chamado de nucleóide), com plasmídeosribossomos, enfim, detalhados e ilustrados a seguir.
Cromossomos
cromossomo que está presente nas bactérias é circular e possui uma única molécula de DNA. Algumas fontes bibliográficas o designam não como cromossomo, mas como corpo cromatínico, por não o considerarem como um cromossomo verdadeiro. Este cromossomo carrega as informações genéticas da célula, tornando-o apto a realizar a auto-replicação cromossômica.
Plasmídeo
Esta estrutura é uma pequena molécula de DNA e não está presente em todas as bactérias, sendo que seus genes não são codificadores de informações e características essenciais, mas dependendo da situação ambiente a que esta célula é exposta, pode ter alguma vantagem seletiva em relação às outras bactérias que não possuem o plasmídeo, como por exemplo quando são expostas à antibióticos. O plasmídeo protege a célula da ação antibiótica. E o melhor de tudo: eles se autoduplicam, independentemente dos cromossomos.
Hialoplasma
Isto é um líquido gelatinoso, composto por saia, glicose e outras moléculas de açúcar e orgânicas, proteínas. Podemos encontrar também RNA e muitos ribossomos.
Ribossomos
Dispersos no interior da célula, esta estrutura é responsável pela aparência rugosa que a célula tem.
Grânulos de Reserva
Neste tipo de célula o acúmulo de reservas acontece, mas é feito de maneira diferente das células eucarióticas. Aqui são formados grânulos insolúveis em água, compostos de glicose, ácido beta-hidroxibutírico e fosfato, formando cadeias complexas de açúcares.
Membrana Celular

Esta membrana é na verdade uma camada dupla de fosfolipídios, mas também contém proteínas essenciais auxiliadoras na permeabilidade de nutrientes, na defesa e na produção de energia.Estrutura celular das bactérias
As  bactérias  tem uma  estrutura-celular  bem característica de  células procarióticas: sem núcleo revestido de membrana (o núcleo dos procariontes  é chamado de nucleóide), com plasmídeosribossomos, enfim, detalhados e ilustrados a seguir.
Cromossomos
cromossomo que está presente nas bactérias é circular e possui uma única molécula de DNA. Algumas fontes bibliográficas o designam não como cromossomo, mas como corpo cromatínico, por não o considerarem como um cromossomo verdadeiro. Este cromossomo carrega as informações genéticas da célula, tornando-o apto a realizar a auto-replicação cromossômica.
Plasmídeo
Esta estrutura é uma pequena molécula de DNA e não está presente em todas as bactérias, sendo que seus genes não são codificadores de informações e características essenciais, mas dependendo da situação ambiente a que esta célula é exposta, pode ter alguma vantagem seletiva em relação às outras bactérias que não possuem o plasmídeo, como por exemplo quando são expostas à antibióticos. O plasmídeo protege a célula da ação antibiótica. E o melhor de tudo: eles se autoduplicam, independentemente dos cromossomos.
Hialoplasma
Isto é um líquido gelatinoso, composto por saia, glicose e outras moléculas de açúcar e orgânicas, proteínas. Podemos encontrar também RNA e muitos ribossomos.
Ribossomos
Dispersos no interior da célula, esta estrutura é responsável pela aparência rugosa que a célula tem.
Grânulos de Reserva
Neste tipo de célula o acúmulo de reservas acontece, mas é feito de maneira diferente das células eucarióticas. Aqui são formados grânulos insolúveis em água, compostos de glicose, ácido beta-hidroxibutírico e fosfato, formando cadeias complexas de açúcares.
Membrana Celular
Esta membrana é na verdade uma camada dupla de fosfolipídios, mas também contém proteínas essenciais auxiliadoras na permeabilidade de nutrientes, na defesa e na produção de energia.





Reprodução das Bactérias

A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade. 
Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias
 multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de condições favoráveis
 (duplica em 20 minutos).

A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação dos mesossomos, 
pregas internas da membrana plasmática nas quais existem também as enzimas 
participantes da maior parte da respiração celular.

 
Repare que não existe a formação do fuso de divisão e nem de figuras clássicas 
e típicas da mitose. Logo, não é mitose.

 Esporulação

Algumas espécies de bactérias originam, sob certas condições ambientais, estruturas resistentes 
denominadas esporos. A célula que origina o esporo se desidrata, forma uma parede grossa e sua 
atividade metabólica torna-se muito reduzida. Certos esporos são capazes de se manter em estado
 de dormência por dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e
 origina uma bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.

Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em 
ebulição. Por isso os laboratórios, que necessitam trabalhar em condições de absoluta assepsia, 
costumam usar um processo especial, denominado autoclavagem, para esterilizar líquidos e 
utensílios. O aparelho onde é feita a esterilização, a autoclave, utiliza vapor de água a temperaturas 
da ordem de 120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica. Após 1 hora nessas condições,
 mesmo os esporos mais resistentes morrem.

A indústria de enlatados toma medidas rigorosas na esterilização dos alimentos para eliminar os 
esporos da bactéria Clostridium botulinum. Essa bactéria produz o botulismo, infecção 
frequentemente fatal.



Reprodução sexuada

Para as bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de
 fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora 
se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses 
cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir.

A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por 
transformação, transdução e por conjugação.



Transformação

Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados
 à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo 
ocorre espontaneamente na natureza.

Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para
 introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.

Conjugação

Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o
 "macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos 
protéicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície.

O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", 
produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na
 próxima divisão celular.





Cianobactérias*
Extremamente parecidas com as bactérias, as cianobactérias são também procariontes. São todas autótrofas fotossintetizantes, mas suas células não possuem cloroplastos. A clorofila, do tipo a, fica dispersa pelo hialoplasma e em lamelas fotossintetizantes, que são ramificações da membrana plasmática.
Além da clorofila, possuem outros pigmentos acessórios, como os carotenóides (pigmentos semelhantes ao caroteno da cenoura), ficoeritrina (um pigmento de cor vermelha, típico das cianobactérias encontradas no Mar vermelho) e a ficocianina (um pigmento de cor azulada, que originou o nome das cianobactérias, anteriormente denominadas "algas azuis"). Elas vivem no mar, na água doce e em meio terrestre úmido.
Há espécies que possuem células isoladas e outras que formam colônias de diferentes formatos.


A reprodução nas cianobactérias
Nas cianobactérias unicelulares, a reprodução assexuada dá-se por divisão binária da célula. Nas espécies filamentosas, é comum a ocorrência de fragmentação do filamento, produzindo-se vários descendentes semelhantes geneticamente uns aos outros. A esses fragmentos contendo muitas células dá-se  o nome de homogônios

*é incorreto chamar elas por esse nome, pois sua cor pode variar.








As arqueobactérias

As arqueobactérias (archeo = antigo / primitivo) representam um restrito grupo de organismos procariontes, reunindo uma baixa diversidade de espécies, manifestando características que as diferenciam das eubactérias (eu = verdadeiro), de acordo com a estruturação de algumas moléculas como: os ácidos nucléicos (RNA ribossômico) e elementos integrantes tanto da membrana plasmática quanto da parede celular.

Essas bactérias primitivas geralmente habitam regiões praticamente inóspitas, onde vigoram condições ambientais extremadas, seja pela elevada taxa de salinidade, grau de temperatura ou pH (potencial hidrogeniônico), certamente impossibilitando a ocorrência de outros tipos de vida, o que explica o baixo número de seres representantes. Porém, mesmo frente à resistência evolutiva, também podem habitar locais amenos, como por exemplo, o aparelho digestivo de certos animais.
Classificação das Arqueobactérias:

Metanogênicas → caracterizadas pelo metabolismo anaeróbio utilizam o elemento químico hidrogênio como co-fator de reações que catabolizam o gás carbônico (CO2) em metano (CH4).

Termófilas → são arqueobactérias que sobrevivem em temperaturas altíssimas, (atingindo cerca de 100° C) e acidez muito baixa, representando os ambientes aquáticos situados próximos à falhas na crosta oceânica (fendas vulcânicas). Esses organismos realizam quimiossíntese, utilizando compostos inorgânicos (ácido sulfídrico – H2S) para sintetizar matéria orgânica e obter energia.

Halófitas → bactérias primitivas que vivem em locais com alta concentração de sal, em que a solução do meio (ambiente aquático) é extremamente hipertônica, por exemplo, a salinidade do Mar Morto